Marcelo Cuette

Crescer, viver e projetar a Póvoa de Santa Iria

A reposta à pergunta, “e sair da Póvoa de Santa Iria, nunca pensou?”, é pronta e certeira, por Marcelo Cuette: “Não me imagino a viver em qualquer outro lugar.

Se tiver de sair, será para o estrangeiro e só para ter essa experiência. Serei sempre da Póvoa de Santa Iria”.

Marcelo tem 31 anos e cresceu aqui, nas ruas da Póvoa de Santa Iria e nas ruas das localidades vizinhas, como o Forte da Casa – onde também estudou -, e em Vialonga.

Antes de ir para a Faculdade, formou-se em Coordenação e Produção de Moda e, depois, licenciou-se em Design e Produção Gráfica.

Ainda que muitos dos conhecimentos tenham vindo do percurso académico, Marcelo reconhece que foram as experiências que tem desde criança que o incentivaram a seguir este caminho e o fizeram crescer profissionalmente.

Quando era pequeno, o tio que é Técnico de Controlo de Qualidade de Têxteis e que, na altura, trabalhava com muitas marcas mundiais, sobretudo americanas, fazia chegar-lhe roupas originais, das que aqui não existiam e que faziam brilhar os olhos de Marcelo.

“A roupa que ele me dava motivava-me a vestir-me de outra maneira, cultivava ainda mais o meu interesse pelo sentido fashion associado à cultura urbana, ao Hip Hop”, declara.

Para além disso, as culturas com as quais que teve a sorte de conviver, fizeram com que o eixo fosse o que define hoje a marca de roupa que criou, juntamente com o melhor amigo, a DANDY BLOCK.

 

Marcelo Cuette

 

Sempre soube que profissionalmente deveria ser ele a tomar as rédeas e não esperar pelas ondas do mercado. Aos 15 anos, por exemplo, trabalhou na Biblioteca da Quinta da Piedade, para começar a ganhar experiência e alguma autonomia financeira.

Quando aos 25 anos decidiu avançar com a marca, foi alimentar o bichinho do empreendedorismo que já nele existia com conhecimento, procurou junto de uma incubadora de empreendedorismo as ferramentas certas para fazer crescer o seu negócio.

Ao seu lado, o melhor amigo, Rui Baray, também da Póvoa de Santa Iria, foi o Relações Públicas da marca, o “desbravador de caminhos” para que tudo desse certo.

Viver na Póvoa de Santa Iria e traçar os seus projetos aqui e para as pessoas daqui, foi sempre o objetivo.

“Sabia que tinha de fazer algo por mim, para mim, mas também fazer com que pessoas que pensassem da mesma maneira que eu, conseguissem também ver uma porta e uma passagem, através do meu projeto”, esclarece.

Para si, o código postal 2625, é um género de número de identificação pessoal. Ele concentra a história que Marcelo viveu até agora e a que irá viver, pois não se imagina a viver noutro lugar.

“Para mim Póvoa é também acessibilidade e facilidade. É ser próxima de tudo e, ao mesmo tempo, estar protegida do stress das grandes cidades. Aqui é fácil ir ao café, há supermercados em todo o lado, há serviços.”

A Póvoa já foi a cidade com mais jovens do país e, ao mesmo tempo, consegue preservar memórias e ser zona histórica”, comenta.

Para Marcelo, as grandes cidades deixam-no “cansado”. Aqui, encontra a paz e o incentivo que precisa para crescer profissionalmente e pessoalmente.

A sua loja está na zona histórica da cidade, na Póvoa de Santa Iria, perto da estação de comboios. Convive com outro tipo de negócios e serviços e tudo está em concordância.

Há espaço para as lojas de roupa com estilos que em nada vão ao encontro da sua, às lojas de louça e há espaço para novos negócios com diferentes abordagens, como a Dandy Block.

Se o quiser encontrar, pode ser aí mesmo ou numa corrida aqui pela zona ribeirinha, local que faz parte das suas rotinas.

Quanto a outra resposta rápida e pronta que nos deu… Quando lhe perguntámos: O que é o melhor de viver na Póvoa?

“É tudo!”.

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outros testemunhos

Pela lente da máquina fotográfica de Zélia Paulo Silva - fotografa não de profissão, mas por paixão -, já foram registadas centenas de embarcações típicas do Tejo, diferentes perspetivas do rio e outros tantos ângulos de aves e de plantas que o envolvem.
Amo a minha profissão que era a dos meus pais. Não é só uma profissão, é um modo de vida…sinto-me livre. Quando saio da minha casa para ir para o barco, sinto-me feliz … Tenho milhares de histórias para contar.
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Este é um cenário que encanta pequenos e graúdos, como é o caso de Susana Monteiro e da sua filha, Íris Barbosa, de sete anos - a verdadeira exploradora das borboletas da praia dos pescadores, na zona ribeirinha da Póvoa de Santa Iria.
Há dias, semanas e até meses, que passam sem que se dê conta. As horas são repletas de tarefas e a agitação dos compromissos e das rotinas fazem andar mais depressa quem, mais do que nunca, precisa: parar, respirar, ter tempo.

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